Quando suspender as fraldas?


Chegou a hora de fazer as evacuações no vaso?

Depois de trocar cerca de 6 mil fraldas e de ter gasto quase R$ 5 mil, seu filho completa 2 anos e uma idéia lhe parece quase irresistível: a partir de agora ele só vai fazer xixi no vaso. Será o fim de uma despesa considerável e de perninhas nervosas que se debatem a cada troca. "Na nossa cultura, não usar mais fraldas tornou-se um marco de sucesso da educação. Os pais vêem o controle do esfíncter de uma criança como um sinal de inteligência e, quanto mais cedo ocorrer, melhor", diz o pediatra norte-americano T. Berry Brazelton, autor de Tirando as Fraldas (Editora Artmed). Vá com calma. Essa transição dificilmente ocorre num passe de mágica. Seguem dez dicas para se livrar das fraldas e superar as dificuldades:

1 NÃO SE PRECIPITE. "Só comece o treinamento do seu filho se você perceber que ele está maduro. Assim, o aprendizado tem mais chances de acontecer com tranqüilidade, apesar das trovoadas", diz a pediatra da Maternidade São Luiz, Gelsomina Colaruso Bosco. Como saber se chegou a hora? As crianças costumam deixar a fralda do dia, em média, a partir dos 2 anos e meio. Na prática, seu filho dá sinais de que está pronto se demonstra desconforto ao sujar a fralda ou avisa quando fez xixi ou cocô. Se esse tempo não for respeitado, corre-se o risco de enfrentar quilos de roupas molhadas na lavanderia por meses a fio.

2 POR ETAPAS. Primeiro retira-se a fralda diurna. A retirada da fralda noturna deve ocorrer só depois que a criança já aprendeu a se controlar durante o dia e amanhece sequinha com certa freqüência (três a quatro vezes por semana, durante algumas semanas, por exemplo).

3 CUIDE BEM DA ALIMENTAÇÃO, caso seu filho tenha o intestino preso, para que este momento não se transforme em uma experiência desprazerosa.

4 PENICO OU REDUTOR? O penico funciona bem para a criança que tem medo de se sentar no vaso sanitário", explica o pediatra Sérgio Graff. Mas há inconvenientes. Além de precisar ser limpo toda vez que é usado, trata-se de uma etapa intermediária, que depois precisará de um novo esforço para ser eliminada.Se optar pelo redutor, verifique se ele fica bem firme. Alguns têm alças laterais que servem de apoio para as mãos. Providencie um banquinho, que ajuda a criança a sentar e serve também para apoiar os pés. No caso do penico, mantenha-o sempre no mesmo lugar, de preferência no banheiro.

5 SE O SEU FILHO FAZ COCÔ EM HORÁRIOS REGULARES, lembre-se de levá-lo ao banheiro nesses momentos. E pergunte, mais ou menos a cada duas horas, se ele precisa ir fazer xixi. Observe se ele está "dançando" ou fechando as perninhas ou segurando o pipi com a mão. Um sinal de que ele está apertado, mas não quer deixar a brincadeira para depois.

6 O MENINO DEVE SENTAR-SE NO VASO PARA FAZER XIXI durante essa transição. Aos poucos, depois que estiver habituado, ele aprenderá a fazer xixi em pé.

7 REFORÇO POSITIVO É FUNDAMENTAL. Elogie, mas não exagere. A criança percebe o quanto isso é importante para você e pode usar esse instrumento como forma
de protesto.

8 ALGUMAS CRIANÇAS SÃO MAIS RÁPIDAS. Outras passam meses deixando escapar xixi ou cocô. Vá com calma. Impor punições pode assustar e levar a transtornos físicos, como a constipação", afirma o pediatra Sérgio Graff. Uma boa dica é dizer algo que o incentive, do tipo "escapou, mas da próxima vez sei que você vai tentar me avisar antes".

9 A DESCOBERTA DE QUE A CRIANÇA É CAPAZ DE PRODUZIR ALGO DENTRO DO PRÓPRIO CORPO E TEM DOMÍNIO DISSO É MUITO IMPORTANTE. Algumas ficam tão preocupadas com o destino do seu "produto", que relutam em abrir mão de fazer o cocô na fralda porque sofrem quando ele vai embora. Enquanto isso, deixe-a fazer na fralda, mas mostre qual é o lugar adequado do cocô, esvaziando a fralda no vaso. Se for preciso, faça um tchau, para a situação ficar mais divertida.

10 MÃOS À OBRA. Se você acha que seu filho está pronto, chegou a hora. Com o calor, aumenta a transpiração e diminui a quantidade de xixi, tornando o controle mais fácil. Se escapar, o incômodo é menor. Tanto para os pequenos, que não sofrem com o frio, como para os pais.

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