Doenças de Inverno

P: Porque adoecemos mais no inverno?
R: Quando chega o frio às pessoas (principalmente crianças e idosos), adoecem mais. Parece inevitável. Você parou para pensar por que isso acontece?
O inverno exige várias adaptações de nossos hábitos e de nosso organismo para podermos resistir ao frio: tendemos a permanecer mais tempo em locais fechados, gastamos mais energia para manter a temperatura do corpo e ficamos muito mais expostos à umidade, que é especialmente alta em algumas regiões do Brasil.
As conseqüências dessas mudanças são bem conhecidas: problemas respiratórios, alergias, gripes e resfriados. As pessoas pensam que as doenças de inverno são inevitáveis, mas a verdade é que, com alguns cuidados, elas podem ser afastadas, ou, pelo menos, se apresentarem de forma muito mais branda. Entre as principais vítimas das doenças de inverno, estão os idosos e as crianças, como disse anteriormente, a quem devemos dispensar uma atenção especial. É que, por terem o sistema imunológico “mais fraco”, elas são ainda mais vulneráveis às doenças e às crises de alergia, que tendem a aumentar muito com a umidade.

P: Quais são as principais doenças que se manifestam no inverno?
RINITE: É caracterizada por espirros, prurido nasal, coriza e nariz entupido. A crise pode ser causada por alergenos (poeira, pólen, mofo ou pêlo de animal). Procure evitá-los e mantenha uma boa alimentação. Em caso de recorrência necessita de tratamento preventivo.
SINUSITE: É uma inflamação dos seios da face. Ocasiona dor no rosto acima e abaixo dos olhos, muco espesso ou pus no nariz, às vezes com mau cheiro, nariz entupido e febre. Sempre que pegar um resfriado ou o nariz estiver entupido, tente mantê-lo limpo. Não assoe o nariz com força.
BRONQUITE: Facilmente confundida com a asma, é uma inflamação dos brônquios que provoca inchaço na mucosa e dificulta a passagem de ar. Evite o fumo.
ASMA: É a inflamação das vias aéreas quando os sintomas comuns são: a falta de ar, acompanhada de respiração ofegante, tosse e congestão nasal. As causas da asma são a alergia à poeira, ao mofo e ao pelo de animais, as mudanças do tempo e até emoções mais fortes.
O ideal é que você conheça e mantenha sob controle os fatores desencadeantes da asma.
PNEUMONIA: É uma infecção nos pulmões. Ocorre freqüentemente após outra doença respiratória.
Caracteriza-se por calafrios seguidos de febre alta, respiração rápida, dor no peito e tosse (muitas vezes com muco amarelado, esverdeado, cor de ferrugem com rajas de sangue)
RESFRIADO: Ataca principalmente o nariz e a garganta, causando espirros, coriza e tosse. A recuperação acontece em dois ou três dias. Exercícios regulares, boa alimentação, descanso e ingestão de bastante líquido são ideais para prevenir o resfriado.
Evite lugares fechados.
GRIPE: Em geral, há um cansaço extremo, febre por dois ou três dias, dores no corpo, dor de cabeça e na garganta e coriza. A melhora ocorre depois de três ou cinco dias. Você pode prevenir a gripe com uma alimentação saudável, bebendo muita água, fazendo exercícios e dormindo bem. A vacina também reforça a imunidade.
TOSSE: É um meio que o organismo utiliza para limpar o aparelho respiratório e expulsar o catarro (muco com pus) e os microorganismos da garganta ou dos pulmões. Por isso, quando a tosse produz catarro, não tome nenhum medicamento para cessar a tosse, beba bastante água, evite o fumo e procure orientação para soltar e expulsar o catarro.

P: Como faço para prevenir as doenças de inverno?
R: Mantenha o ambiente ventilado sempre que puder.
Em dias de sol retire a roupa de uso diário e coloque-as ao sol ou, se possível, estenda-as ao ar.
RETIRE bichinhos de pelúcia e almofadas dos quartos.
Evitar animais dentro de casa.
Evitar contatos com pessoas doentes.
Lave constantemente as mãos com aguá e sabão, principalmente quando vier da rua ou estiver gripado.
Mantenha crianças agasalhadas e com os pés quentinhos.
Banhe seu filho na hora mais quente do dia.
Evite bebidas geladas.
Quando usar calefação, ar condicionado, aquecedores, não utilize por períodos  prolongados para evitar o ressecamento do ar.
NÃO tussa, espirre ou FUME perto da criança.
Seguir rigorosamente as indicações de seu médico.

Colaboração: Dr. Paulo Fontella Filho
Fontellafilho@Hotmail.com

Soluços

P: o que são soluços?
R: Soluços são contrações do músculo diafragma. Músculo este que separa a parte inferior da superior do tronco. Essa contração causa uma entrada busca de ar dentro dos pulmões, causando aquele barulho característico do soluço. Os soluços incomodam mais aos pais do que aos bebês. Os bebês não sofrem com os soluços como os adultos. Podem ficar vários minutos soluçando quietinhos sem mostrar desconforto, enquanto os adultos tentam fazê-los passar.

P: Quais são as causas do soluço?
R: Sendo o soluço uma contração do músculo diafragma, qualquer evento irritativo desse músculo pode provocá-lo. As causas mais comuns são:
• Soluço causado pelo frio - em geral se relaciona com correntes de ar no ambiente ou falta de roupas. Mesmo em dias quentes, quando dá vontade de deixar o bebê só de fraldinha, devemos mantê-lo com uma camisa sem mangas, que cubra a barriguinha e as costas. Os pés também devem ser protegidos. Fraldas molhadas e camisa muito “babada” também podem provocar soluços pelo frio. Esse tipo de soluço passa com roupas adequadas evitando-se as correntes de ar.
• Soluço de estômago cheio - ocorre depois de mamar além da conta. Nesse caso basta deixar no bebê conforto, ou recostado em travesseiros, de maneira a permanecer semi-sentado. Caso queira esperar o soluço com o bebê no colo, cuide para não apertar a barriga da criança e não “sacuda” o nenê enquanto tiver com soluços.
• Soluço por estômago vazio - fome também pode dar soluço. Esse tipo de soluço é mais fácil de resolver, basta dar de mamar.
• Soluço causado por refluxo-gastro-esofágico – esse tipo de soluço é causado quando a criança tem a doença do refluxo e necessita de medicamentos específicos para melhorar o esvaziamento gástrico e conseqüentemente a melhora do refluxo e dos soluços.
• Existem soluços motivados pela ação reflexa do sistema nervoso central que acontecem por imaturidade do sistema nervos autônomo. Esse tipo de soluço não se encaixa em nenhum dos itens anteriores e pode passar com um susto (barulho forte e súbito) que provoque uma reação do sistema nervoso simpático/parassimpático.

P: quais são as maneiras de acabar com os soluços?
R: Verificar se o bebê está com fome.
Dar 10 a 20 ml de líquido logo que começar a soluçar, se não tiver de estômago cheio.
Deixá-lo alguns minutos no bebe conforto após as mamadas.
Verificar se está com frio e aquecer se necessário.
Não sacudir a criança quando está com soluço.
Dar pequenos goles de água gelada, só até o soluço passar. Lembre-se que este último item só vale para as crianças maiores.

Colaboração: Dr. Paulo Fontella Filho
fontellafilho@hotmail.com

Dermatite seborreica

P: O que é dermatite seborréica?
R: É uma doença que acomete 2 a 5 % da população, sendo mais freqüentemente no sexo masculino, com início gradual das lesões. Pode ser mais intensa nos recém nascidos e a partir da adolescência (períodos de maior atividade das glândulas sebáceas). É uma erupção comum, com o aparecimento de manchas avermelhadas com escamas amareladas e finas, distribuídas no couro cabeludo, sobrancelhas, orelhas, parte central da face, peito e costas, sulco inframamário (abaixo da mama), umbigo, área genital e virilhas. O envolvimento ocular também pode ser observado (blefarite, conjuntivite).
A descamação (escamas soltas) visível no couro cabeludo, comumente conhecido como caspa ou “cascão”, é uma forma de dermatite seborréica, não sendo contagiosa.


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P: Como se desenvolve ou se adquire?
R: A causa não é conhecida. É provavelmente uma resposta (reação) a um fungo comum da pele, o Pityrosporum ovale. Sabe-se também que a tensão emocional pode agravar a dermatite seborréica, assim como a ingestão excessiva de carboidratos e alimentos condimentados e o álcool.

P: Como se previne?
R: As recidivas das lesões podem ser prevenidas com um uso de medicamentos adequados entre as crises. Ficar alerta para desencadeantes como inverno (frio e menor exposição ao sol) e estresse.

Colaboração: Dr. Paulo Fontella Filho
fontellafilho@hotmail.com

Fimose

1. O que é fimose?
A fimose é definida como a incapacidade de expor completamente a glande, ou seja, descobrir a cabeça do pênis ao tentar retrair a pele (prepúcio) que a recobre. Cerca de 96% dos meninos nascem com a glande completamente coberta pelo prepúcio. A partir dos 03 anos de idade, mais da metade dos casos o prepúcio se retrai de forma natural e permite a exposição da glande. O tratamento com medicamentos (aplicação local) também pode evitar a maioria das cirurgias (postectomias), mas só o médico é capaz de decidir o tratamento adequado.


fimose Posted by Hello

2. A minha vizinha falou para fazer “massagem para fimose”. Este procedimento é correto?
Massagens ou exercícios sem orientação médica, ao invés de melhorar, podem piorar cada vez mais a fimose. Uma manobra mais intensa pode causar fissuras (cortes) que posteriormente cicatrizam e fecham ainda mais a extremidade do prepúcio (pele).

3. Como fazer a higiene do bebê com fimose?
Na hora do banho, use água e sabonete neutro. Não tente puxar a pele (prepúcio) que recobre o pênis parta tentar expor a glande (cabeça do pênis). Esta manobra só agrava a situação.

4. Quando é preciso operar?
O médico é o responsável por decidir qual o melhor momento para realizar a cirurgia da fimose (postectomia), geralmente esta é indicada a partir dos três anos de idade e nos seguintes casos: dificuldade ao urinar, processos inflamatórios no prepúcio com presença de pus e impossibilidade de expor a glande. E ainda, quando ocorrem infecções urinárias constantes (de repetição).

5. Quais os riscos da fimose não ser tratada?
Adolescentes e adultos com fimose correm riscos 10 a 20 vezes maiores de contrair infecções urinarias e têm o dobro de chances de desenvolverem herpes genital. Também estão mais propensos à sífilis e candidíase.

Paulo Fontella Filho – Pediatra
Fontellafilho@hotmail.com

Dermatite das fraldas

P: O que é dermatite das fraldas?
R: a dermatite das fraldas é uma dermatose freqüente nos bebês até 2 anos de vida e adultos com incontinência fecal e urinária (que usam fraldas). É um termo genérico para descrever uma erupção inflamatória da pele na área coberta pelas fraldas, provocada pelo contato das fraldas úmidas.




P: Como se desenvolve ou adquire?
R: o fator mais importante é a umidade local. O uso prolongado de fraldas úmidas torna a pele mais vulnerável à irritação. As fezes contêm substancias irritantes e a diarréia inicia ou agrava a situação. A fricção exagerada da pele com sabões de modo freqüente pode agravar esse fator irritativo da pele úmida em contato com urina e fezes. O pico de incidência é entre 7 a 10 meses de vida.
Pode haver coceira, ardência ou dor, dependendo da gravidade do quadro. As dobras em geral são poupadas, sendo acometidas as superfícies convexas das nádegas, parte superior das coxas e abdome inferior, principalmente, área de maior de maior contato com a fralda. Pode haver desde vermelhidão difusa até pequenas bolhas, descamação, lesões elevadas e avermelhadas até ulceração (em feridas).

P: como se previne?
R: o principal fator é a troca freqüente de fraldas. Outros fatores causais como detergentes inadequados para a pele e fraldas devem ser cuidadosamente revisados.
Colaboração: Dr. Paulo Fontella Filho
Fontellafilho@hotmail.com

Oque é língua geográfica

O que é língua geografica?
R: Eventualmente no consultório, mães trazem seus filhos para uma consulta dizendo: Doutor, meu filho está com uma ferida na língua e cada dia tem um formato diferente. Tem épocas em que ela desaparece e depois aparece.
A ferida em questão na verdade não é ferida e sim uma doença de carater constitucional, ou seja, da própria pessoa, e é caracterizada pela presença de placas avermelhadas de bordas nítidas, elevadas e esbranquiçadas.  Posted by Hello




P: Como evolui?
R: As lesões têm crescimento de dentro para fora e por coalescência adquire um aspecto todo tortuoso, semelhante a um mapa geográfico. São intermitentes, ou seja aparecem e desaparecem. Ocorre em crianças atópicas (alérgicas) e sujeitas a asma brônquica. Raramente aparecem após os 6 anos.

P: Como tratar?
R: a língua geográfica não causa desconforto e por isso não precisa de tratamento.

Colaboração:Dr. Paulo Fontella Filho
fontellafilho@hotmail.com

Dúvidas sobre o sono do bebê



P: Qual a melhor posição para colocar o bebê no berço?
R: A Sociedade Americana de Pediatria manifestou-se recentemente por meio de documento científico do comitê de Neonatologia que a posição de bruços (barriga para baixo) deve ser evitada, dando-se preferência a posição de barriga para cima, devido ao fato de existir uma relação entre a posição de bruços e a ocorrência da Síndrome da Morte Súbita no Berço. Nela, um bebê aparentemente sadio morre dormindo, sem que se consiga estabelecer uma causa definida. Sabe-se apenas que alguns fatores são predisponentes, entre eles pais fumantes, baixo nível sócio econômico e a posição de bruços.
Assim, de acordo com a Sociedade de Pediatria acima citada devemos dar preferências para a posição de barriga para cima.
Somente o pediatra da criança poderá indicar a melhor posição em  casos específicos, onde a criança não possa deitar de barriga para cima.

P: Posso usar ar-condicionado ou ventilador no quarto do bebê enquanto ele dorme?
R: Em nosso país tropical o ar condicionado é um item importante de conforto em muitas regiões. Pode ser usado, desde que mantido em grau ameno e em boas condições de limpeza do filtro e demais componentes.
O ventilador também pode ser usado, desde que o fluxo de ar não fique fixo e voltado diretamente para a criança durante muito tempo. Também aqui a higiene é importante, evitando-se poeira acumulada nas pás. Se for modelo de teto, pode ser usado em reversão.

Colaboração: Dr. Paulo Affonso Falcão Fontella Filho
E-mail: fontellafilho@hotmail.com

Dúvidas sobre alimentação



P: criança que come terra, cal de parede, espuma e outras substâncias não alimentares apresenta alguma doença?
R: Esse comportamento por si só indica alguma deficiência de nutrientes, geralmente causadas por dietas monótonas. As carências nutricionais mais comuns são os de minerais ferro, cálcio, fósforo, zinco e cobre.

P: Criança que tem afta com muita freqüência pode ter deficiência de alguma vitamina?
R: Existem alguns estudos que mostram que a deficiência de riboflavina, niacina e vitamina B6 podem facilitar o aparecimento das aftas. Outras causas capazes de provoca-las são ferimentos e mordidas.

P: A criança que adoece com muita freqüência pode estar apresentando alguma carência nutricional?
R: Sim. A carência de micronutrientes, principalmente ferro, cobre, vitamina C e vitamina A, pode diminuir a atividade imunológica da criança. Já foi demonstrado, por exemplo, que crianças com quantidades normais de vitamina A no sangue apresentam menos episódios de processos infecciosos.

P: Meu filho só quer comer salgadinho por causa das figurinhas. O que fazer?
R: Essa é uma reclamação muito comum. Entretanto permitir que isso aconteça é um grave desleixo com a alimentação da criança. Trata-se de uma clara falta de limite, em que os pais permitem ao filho comprar salgadinhos e come-los em grande quantidade. Colecionar figurinhas é mera desculpa. A saída é estabelecer limites claros, como permitir que a criança compre salgadinhos uma vez por semana, por exemplo. Isso será bom para a saúde e fará com que ela valorize, ainda mais, sua coleção de figurinhas.

Colaboração: Paulo Fontella Filho- Pediatra
Email: fontellafilho@hotmail.com

Dúvidas sobre crescimento

P: É verdade que a menina cresce até os 18 anos e o menino até os 21 anos?
R: Não. O crescimento de ambos praticamente se encerra no fim da puberdade. A idade na qual isso acontece é muito variável. Existem casos que a altura já está definida aos 12 anos de idade; em outros, o processo prossegue até os 17 anos. Vale lembrar que quanto antes começar a puberdade mais cedo se encerrará.

P: Os andadores auxiliam as crianças a andarem mais rápido?
R: Não. Os andadores não são adequados para o desenvolvimento, pois confundem a criança na percepção de suas próprias limitações e aptidões. Além de serem mais sujeitos a acidentes.

P: Meu filho tem 1 ano e 2 meses e ainda não anda e o meu sobrinho, da mesma idade, já anda desde os 10 meses. O que fazer?
R: Nada. Essas diferenças são perfeitamente normais, pois cada criança se desenvolve de acordo com suas características individuais e estímulos que recebe. As habilidades motoras são adquiridas em momentos muito variáveis de indivíduo para indivíduo. Para acelerar o desenvolvimento, pode-se estimula-la a andar, colocando-a no chão e deixando-a livre ou, então, apoiado-a pelos braços, sem força-la.

P: Meu filho tem 14 anos e é o menor da classe. Ele vai ser baixinho?
R: Não necessariamente. Se o padrão familiar é de pessoas altas, pode ser que esse adolescente esteja com atraso puberal, Istoé, o estirão de crescimento ainda não ocorreu. Com o tempo, a criança crescerá e, se for de sua natureza, alcançará seus familiares. A avaliação do estágio puberal e da existência de algum atraso deve ser feita por um pediatra.

Colaboração: Dr. Paulo Fontella Filho- Pediatra
Email: fontellafilho@hotmail.com

Cólicas do Lactente


P: O que é a cólica do lactente?
R: A cólica é um choro ou inquietação, paroxísticos, que duram algumas horas por dia, em lactente saudável. A sua causa é desconhecida, embora vários fatores já tenham sido levantados para tentar explicá-la: baixos níveis de progesterona, imaturidade fisiológica do trato intestinal, tensão dos pais, dieta materna quando está amamentando, etc. Ocorre mais freqüentemente ao final da tarde e início da noite. As cólicas geralmente passam após o 3O / 4O mês, por vezes se prolongando além disso.

P: Quais são os sintomas?
R: Nas primeiras semanas de vida um bebê com cólica chora alto, por longos períodos. Geralmente eles pioram no final da tarde, podendo ter crises por horas. Às vezes, os bebês levantam as pernas e a cabeça, ficando com as faces vermelhas e eliminam gases. O bebê quando aparenta estar com dores, pode recusar alimento ou pode começar a chorar após comer, por alguns minutos. Ás vezes parece quase impossível confortar um bebê que está com cólica.

P: A cólica é perigosa?
R: Os bebês que sofrem de cólicas crescem e ganham peso, apesar das crises de choro, mesmo aparentando não quererem se alimentar. Apesar das cólicas não prejudicarem o bebê, ela é muito estressante e frustrante para os pais. Os quais devem se esforçar para superar tal período.

P: Como a cólica é tratada?
R: É importante saber que não há cura definitiva para as cólicas, mas existem medidas que podem deixar o bebê mais confortável:
a) Caso as cólicas surjam com o uso das mamadeiras, é aconselhável conversar com o pediatra, para ver se a técnica ou o tipo de mamadeira é adequado para a criança.
b) Não alimentar o bebê cada vez que ele chorar (o estômago leva mais ou menos 2 horas para se esvaziar)
c) Se estiver amamentando não interrompa a amamentação (o leite materno mão é a causa da cólica), mas, poderá mudar sua dieta, ingerindo menos cafeína, chocolate, repolho e principalmente não fumar.
d) Poderá massagear suavemente o abdome do bebê (seu pediatra ensinará a técnica)
e) De acordo com seu pediatra, você poderá usar medicações para gases.
f) Se você está cansada e estressada e o bebê está com cólica, você pode precisar de ajuda de familiares, amigos ou profissionais para auxiliá-la e dar instruções.
g) É importante ficar um pouco afastada do bebê quando estiver muito cansada, evite a fadiga extrema, você pode passar ansiedade para o bebê.
h) Tente conseguir suporte para que possa manter uma relação de amor com o bebê.



Exemplo de massagem para cólica.


Colaboração: Paulo Fontella Filho – Pediatra
Email: fontellafilho@hotmail.com

Dúvidas sobre amamentação


P: Meu bebê nasceu ontem. Ele está mamando mas eu não vejo sair nada. Será que vou ter leite?
R: A maioria das mães tem essa dúvida. O colostro é o leite que sai nos primeiros dias de vida. Ele é riquíssimo em defesas, mas pequeno em volume por ser concentrado. Este é o motivo pelo qual a mãe não vê o leite sair. A sucção do peito é o estimulo necessário e suficiente para que a produção do leite comece por volta do terceiro dia de vida do bebê.

P: Posso usar a mamadeira só para ajudar um pouco? Só para o bebê dormir á noite?
R: Não!! A mamadeira é um dos principais inimigos do aleitamento. A criança que aprende a tomar mamadeira acaba largando o peito, já que a forma de sugar os dois bicos é completamente diferente (no peito o trabalho do bebê é maior). A mamada do meio da noite costuma ser abandonada espontaneamente pela criança por volta dos quatro meses de idade. Após essa idade, a mamada noturna torna-se desnecessária e pode ser prejudicial. Entre outros problemas, pode causar futuramente cáries e obesidade.

P: Meu bebê chora muito. Só pode ser fome!
R: Esse é um grave erro que leva muitos bebês para a mamadeira. A fome é de fato uma das causas de choro, mas existem muitas outras. Somente o pediatra, examinando e pesando o bebê, poderá dizer se ele tem fome. O choro é a principal comunicação da criança com a mãe. Ele vai chorar porque está com frio, com calor, com sono, por saudade, por cólica, etc.

P: Existe um tempo certo para desmamar?
R: Não. Se quiser, a mãe pode continuar a amamentar seu filho pelo menos até o segundo ano de vida. Há bebês que largam o peito espontaneamente entre os 9 meses e 1 ano. O essencial é que, depois dos 6 meses, ela comece a alimentação. O organismo do bebê tem novas necessidades e o leite materno já não oferece tudo o que ele precisa.

P: Existe leite fraco?
R: Nunca é demais repetir: não existe leite fraco e o leite de todas as mães é bom para seus bebês! Entretanto, um fato interessante é que o leite do início da mamada não é igual ao leite do meio e do final da mamada. O leite inicial é mais aguado, talvez para matar a sede do bebê. E o leite que vem depois é mais rico em gorduras, é um leite mais gordo! Por este motivo é importante o bebê mamar um peito até esvaziá-lo e só depois passar para o outro, se for o caso.


P: Existem alimentos proibidos para a mãe que está amamentando? Eles podem fazer mal ao bebê?
R: Esse é um assunto controvertido, mas hoje muitos pediatras já aceitam que alguns alimentos podem não ser benéficos para algumas mães, vindo a causar cólicas no bebê. Principalmente alguns temperos e alimentos fortes ou gordurosos.
Entretanto, é bom frisar que isto não é uma regra, depende de cada mãe, de cada criança. Em princípio nenhum alimento está proibido, até prova em contrário. Mas é importante que, desde que engravidou, a mãe tenha uma dieta bem balanceada, evitando o consumo abusivo de um só tipo de alimento.
Em relação ao leite de vaca, a mãe não deve ingerir mais de 500 ml (dois copos) por dia. Já está provado que o leite de vaca ingerido pela mãe acima dessa quantidade pode provocar cólicas e aumentar a incidência de alergias respiratórias no bebê, principalmente em famílias onde já exista esta predisposição.


Colaboração: Dr. Paulo Fontella Filho – Pediatra
E-mail: fontellafilho@hotmail.com

Meu filho não come. O que eu faço?

P: Meu Filho tem um ano de idade e não come? O que eu faço?
R: Fique tranqüila, esse fenômeno é comum nesta idade. A partir de um ano a criança diminui seu ritmo de crescimento, diminuindo também aquele apetite voraz dos primeiros meses de vida. Por outro lado, a criança começa a se interessar pelo ambiente que a cerca, desviando a atenção da alimentação. Além do que, a forma como é introduzida a alimentação sólida também pode exercer influência importante.

P: Como evitar que esse problema ocorra?
R: Quando a criança estiver recebendo almoço, janta e lanches, é importante preservar um intervalo entre as refeições de no mínimo duas horas, isto é, se a criança for receber almoço as 11:00hs, a última ingestão de qualquer alimento, inclusive suquinhos, deveria ter sido as 09:00hs.
Caso a criança não coma o suficiente no almoço ou na janta, não substitua estas refeições por leites, iogurtes, purês ou vitaminas. Tente alimenta-la mais tarde com os alimentos rejeitados anteriormente. Não insista.

P: Quando vou saber se a falta de apetite não está prejudicando o crescimento do meu filho?
R: Esta pergunta somente será respondida pelo pediatra do seu filho, que fará uma avaliação clinica e laboratorial para ver se a falta de apetite não está prejudicando o peso ou crescimento da criança. Se a criança estiver bem, sem apatia, crescendo adequadamente, a causa é comportamental, isto é, a relação alimentação/criança/família precisa ser revista e modificada. È importante à família ouvir um profissional antes de iniciar chantagens do tipo: se não comer..., disfarçar alimentos para enganar a criança, oferecer a alimentação em locais alternativos com na frente da TV, entre outros. Essas atitudes só agravam o problema.

Colaboração: Dr. Paulo Fontella Filho - Pediatra
Email: fontellafilho@hotmail.com